Sporting 0-0 (4-3) Porto :: rumo à final!

foto: Gualter Fatia/Getty Images

A elementar justiça poética, de seu nome Bryan Ruiz, a bater a grande penalidade que nos colocou na final da Taça da Liga. Era difícil ser melhor!

Há muita coisa para dizer sobre esta meia final que vai para a além do que se passou no rectângulo de jogo. O Sporting venceu, não convenceu, é certo. Não somos cegos, sabemos perfeitamente que a equipa não fez um grande jogo, ainda assim, tivemos uma bola ao poste e um pénalti claro não assinalado.

O resultado nos 90 minutos aceita-se, embora, em certos momentos, o Porto parecesse mais forte fisicamente, dentro do desgaste que ambas as equipas foram mostrando à medida que o tempo foi passando.

Quero também deixar claro o que tenho vindo a dizer sobre a Taça da Liga e o que nos fizeram no passado. Esta competição deveria ser encarada como uma competição menor porque quem organiza não foi capaz, no passado, de nos respeitar. No entanto, o jogo de ontem não era um jogo qualquer, e isso não estava relacionado com a Taça da Liga. O jogo foi contra o Porto, que lidera o campeonato, com quem ainda vamos jogar mais 3 vezes este ano e que do ponto de vista anímico era fundamental sair de Braga com uma vitória. Foi o que aconteceu!

A visita a Braga mostrou um desnorte na organização que não se compreende. O estádio estava bem dividido, embora, quem não estivesse habituado a ir aos jogos a Braga, por exemplo, não tenha percebido bem para que lado ia. Por isso, encontrámos vários adeptos do Porto a dirigirem-se para o nosso lado. Tudo controlado, tudo calmo.

Não havia cerveja com álcool nas imediações do estádio. Inconcebível.

Os adeptos do Sporting foram os últimos a sair. O que deixa alguma estranheza. Disseram-me que, pela lógica, os adeptos do Porto estavam mais perto de casa e por isso desmobilizavam mais rapidamente. Ora, como eram mais os adeptos do Porto que viviam perto do local do jogo, o que aconteceu foi efectivamente o contrário. Filas intermináveis fora do estádio e os adeptos do Sporting presos dentro dentro da "Pedreira" mais de 1 hora.

Eu que fico a 50 km do estádio cheguei a casa à 1h15, agora imaginem os que ainda iam para Lisboa e arredores. Bravo!

Voltando ao jogo, é preciso assinalar alguns momentos interessantes que se passaram ontem.

A festa entre os adeptos Leoninos é sempre grandiosa. Estar num jogo fora de casa é como reencontrar familiares que vemos de tempos em tempos e de fazer novas amizades. Um abraço ao João Pedro!

Há, de facto, uma união de aço entre todos na bancada. Nos lances da pénalti isso ainda se sentiu mais. A começar pela forma como o nosso speaker sobre ser superior ao do Porto sem ser desagradável e isso contagiou todos que ocupavam o sector do Sporting. Depois, nas bancadas, as lotarias das penalidades são sempre intensamente vividas pelos adeptos.

Estava eu já sem saber o que fazer à vida, depois do falhanço do Coates e quando vejo o William pegar na bola para bater o pénalti, q+alguém aponta para mim e diz "O Alan Ruiz batia melhor". Uma brincadeira, claramente, de quem conhecia o que eu dizia sobre o jogador. O mais importante é que acabámos a festejar, abraçados após o golo de Bryan Ruiz e durante a madrugada, o Daniel enviou-me mensagem privada que mostra, realmente, a união que se vive entre adeptos. Grande abraço, Daniel!

Foi também um jogo de regresso. De regresso para Fredy Montero. Claramente em dificuldades físicas, mas, como disse em cima na questão anímica, importante para o jogador que sentiu um incrível apoio vindo da bancada!

Nada está ganho e no sábado ainda é preciso vencer o jogo para conquistar a Taça. Foi dado um passo importante, ao atingir a final, mas tudo isto só será relevante se conseguirmos, finalmente, vencer este caneco. 

É preciso entrar forte nesse jogo mas com muita humildade. Respeitar o adversário, mas, naturalmente, vencer é obrigatório!

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